O FOQUINHA AINDA ESTÁ NA PRAIA (16)
Voltei. Agora, sim, entro na redação de um jornal profissional. Era agosto de 1980. Eu tinha 18 anos. Estava concluindo o Segundo Grau (Ensino Médio) na Escola Técnica Federal do Piauí (hoje IFPI).
Eu já conhecia a redação do jornal O DIA, onde estive pela primeira vez em 1979, quando fui apresentado ao chefe de reportagem, jornalista Francisco Leal.
Estava entusiasmado para ser repórter. Ainda passei uns dias por lá, com os olhos curiosos e desconfiados, acompanhando o movimento da redação.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Luiz Bello, quando me viu, fez um breve interrogatório e mandou que eu fosse primeiro concluir o Segundo Grau.
Assim eu fiz, meio contrariado, naturalmente, pois a redação me fascinou.
Então, quando retornei ao jornal, para trabalhar na redação, estava cheio de entusiasmo.
Já contei, nas primeiras anotações destas lembranças, como era a redação de O DIA, há 40 anos.
E quem estava lá? Bem, o editor-chefe já era o Chico Leal. O jornalista José Fortes Filho era o secretário de redação.
Os diagramadores eram Luiz Gonzaga e Deusólio. Paulo Moura, metido ainda na farda do Andreas, com cara de menino querendo ser gente grande, era ilustrador e fazia também as vezes de diagramador.
Na política, a chefia era do Cazé; o Odílio Teixeira comandava o esporte; o Garrincha estava lá batendo o “Prego na Chuteira” todo dia e escrevendo a “Folha da Mãe Ana”, publicada aos domingos; a editoria de polícia era do Antônio de Pádua.
Elvira Raulino era a estrela da redação. Sua chegada era sempre um acontecimento.
Sua badalada e prestigiada coluna vinha picotada em várias notinhas manuscritas. Ela passava as anotações para as laudas batendo à máquina de escrever com um dedo só, numa velocidade impressionante!
Sábado conto mais.
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