No concorrido mercado da música aquele que almeja chegar ao topo das paradas de sucesso tem que se esforçar de todas as maneiras. Nem que seja pagando! É o que explicou o jornalista Leo Dias em sua coluna UOL em uma reveladora matéria sobre um assunto muito polêmico no mundo da música: o popular jabá.
“Os sertanejos são os que mais gastam, até porque são os mais ricos. Os maiores nomes gastam entre 500 e 700 mil reais. Atualmente, Gusttavo Lima é o artista que mais investe em rádio no país, cerca de 700 mil por música”, afirmou um empresário do meio musical que pediu para não ter o nome citado pelo colunista do UOL.
O altíssimo valor é próximo do que o próprio astro sertanejo receberia para cada um dos seus shows já que, vale lembrar, Gusttavo atualmente tem o cachê mais caro do país. Outro detalhe que vale a pena ser mencionado é que no ano passado o músico mineiro emplacou nada menos que duas canções entre as 10 mais tocadas nas rádios do país, segundo dados da Connect Mix.
Leo Dias aponta ainda que até pouco tempo atrás todo mundo da música fingia que o hábito de pagamento para rádios tocarem determinadas canções não existia. Hoje, nas produtoras de cantores toda a questão de pagamentos é tratada de maneira franca.
“No início da minha carreira o investimento em rádio era algo surreal, até porque como as rádios iam me tocar se elas sequer me conheciam? Mas hoje, graças a Deus, eu não pago mais”, revelou Lexa, que foi lançada num momento onde as plataformas de streaming sequer existiam e os artistas eram ainda mais dependentes das rádios.
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O jornalista do UOL ressalta ainda que o popular “jabá” ainda se mantém como a a principal fonte de orçamento para muitas rádios mais simples pelo Brasil. Destaca ainda que em São Paulo, rádios grandes como Band e Nativa não aceitam este tipo de pagamento. No Rio, a FM O Dia afirma que também não trabalha com este acréscimo financeiro no seu quadro de recebimentos.
A matéria de Leo Dias, é concluída com uma longa aspas de ninguém menos que Zezé Di Camargo que com sua longeva carreira explica que o pagamento de gravadoras para rádios sempre existiu no Brasil. O sertanejo sugere ainda que pelo menos nas últimas três décadas ele tem visto este tipo de ação e que hoje em dia os próprios artistas chegam a desembolsar valores altíssimos para ouvirem suas músicas nas rádios.
“Antigamente só as gravadoras pagavam os jabás. Eles definiam as prioridades do momento e investiam na divulgação desses artistas. Hoje em dia, tudo mudou, é muito mais business, a gente sabe que tem artista que gasta entre 1,7 e 2 milhões de reais em uma música para fazer dela o primeiro lugar nas rádios e nas plataformas digitais. Eu acho desnecessário eu fazer isso hoje. Foram muitos anos de luta. Não tenho nada contra, porque cada um usa as armas que tem. Eu tenho 28 anos de carreira, fui um dos mais tocados no Brasil, sem jabá, e não acho justo eu que sempre estive ao lado do rádio ter que pagar para tocar num veículo que eu sempre prestigiei. As pessoas vão ao meu show não para ouvir as músicas que estão tocando nas rádios. Elas vão para ouvir os grandes clássicos que eu gravei. Hoje em dia, eu gravo algumas músicas maravilhosas mas que não emplacam porque não fazem “parte do esquema”. Para ler a matéria completa clique aqui.
O Observatório de Música tentou contato com a assessoria de Gusttavo Lima para obter maiores informações sobre o assunto mas, até o fechamento desta matéria não obteve respostas.
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