Soube da notícia do falecimento do jornalista e escritor José Fortes Filho, presidente da Academia de Letras de Sete Cidades, ainda na Ilha Kenardiana, em Tutóia (MA), onde Deus faz a morada. Fiquei inconsolável. Embora soubesse da gravidade de sua saúde, com risco de vida, não esperava que sua partida se desse assim, como ocorreu. Disseram que ele se deitou na rede e, tranquilamente, deu o último suspiro. Nossa amizade vem desde 1977, quando cheguei a Teresina. Um dos ícones do jornalismo piauiense. Um dos mais ativos colaboradores da Academia Piauiense de Letras, na gestão prolongada do professor A. Tito Filho, seu amigo íntimo, que quis fazê-lo por várias vezes membro da APL e ele, por modéstia, não aceitava. Em 1984, concorreu, pela situação, à presidência do Sindicato dos Jornalistas, contra Roberto John, que me tinha ao seu lado. Campanha áspera, mas de respeito mútuo. Vencemos. Foi um dos primeiros a nos felicitar e a se passar para o nosso lado, nos apoiando em todas as nossas lutas em prol da categoria. Com presidente da Academia de Letras de Sete Cidades, com os parcos recursos de seu próprio bolso, estava sempre promovendo alguma atividade. Tinha um blog no portal do sistema Meio Norte, publicando consagrados e dando oportunidade aos novos. Na sua aposentadoria, difícil, sofrida, dei minha contribuição para que sua dedicação ao serviço público estadual fosse reconhecida e recompensada de maneira justa. Direitos negados administrativamente. Fomos bater à porta da Justiça. Dizia que eu era um dos poucos que não o abandonava. Como podia? José Fortes Filho foi um dos primeiros a me acolher quando aqui cheguei engatinhando no jornalismo. Por suas mão me fiz jornalista profissional e escritor respeitado, que sou hoje, com vários livros publicados e que mereciam de sua pena comentários de incentivos. Amanhã, dia 20, Missa de Sétimo Dia, na Igreja de Nossa Senhora das Graças, às 19 horas, na Avenida Duque de Caxias. Todos convidados. Com fé, esperança e amor. Por Kenard Kruel, jornalista.
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