Por Toni Rodrigues, jornalista.

   Em 1990, foi eleito para governador do Piauí o economista Freitas Neto.
Ele enfrentou o governo desfacelado de Alberto Silva, considerado maior líder popular da história piauiense, no entanto um verdadeiro desastre frente a máquina administrativa do estado.
Apesar de tudo, Silva ainda é tido como dos maiores realizadores de todos os tempos, tudo por conta de sua primeira administração, no começo dos anos 1970.
   Freitas Neto fora deputado estadual e também federal, concorrera contra Alberto Silva em 1986 e perdera por uma diferença mínima de 14 mil votos ou apenas 1,4% dos votos válidos.
Posteriormente, presidiu a então Telepisa, indicado pelo seu companheiro de partido, senador Hugo Napoleão, fez uma oposição competente e conseguiu ser vitorioso.
   Quem me lembra deste fato importante da política piauiense é nosso amigo, advogado Tadeu Matos, vibrante observador da cena política do nosso estado.
Muito embora pertencendo a um esquema poderoso da época, o PFL, Freitas era oposição a Alberto, que lançou como candidato o competente e aclamado líder Wall Ferraz, que até então nunca tinha perdido uma eleição.
Foi ele próprio quem me disse numa entrevista durante a campanha para a Rádio São José dos Altos:
- “Meu jovem, nunca perdi uma eleição na vida, desde os tempos do movimento estudantil, por isso acredito que serei vitorioso, porque primeiro de tudo a gente precisa acreditar na gente, segundo é importante observar a nossa participação na história...”
Meus arquivos funcionam bem.
Wall perdeu, diz-se, por conta do apoio recebido do governo de Alberto, que estava com nada menos de cinco meses de salários em atraso dos servidores e todos os seus compromissos com fornecedores e prestadores de serviço também atrasados.
Nem mesmo os famosos detentores de GR’s estavam recebendo em dia – deveriam ser gratificações remuneradas, mas os críticos do governo da época chamavam de gratificações de repouso (rsrsrs).
Avante.

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