José Maria Vasconcelos, professor.

MÚSICA ORDINÁRIA
Conhecido colunista escreveu: "Nunca se viu tantas músicas ruins no cancioneiro popular brasileiro quanto agora." É difícil cantar bem com incorreta concordância verbal. Correto: "Nunca se viram tantas músicas ruins..."
Mais adiante, repetiu a dose: "Nunca se viu tantas músicas..." 
Agora, fica fácil corrigir português tão insosso. No passado, cantava-se melhor: "Nunca se viram tantas músicas..." É só botar o olho no sujeito TANTAS MÚSICAS"

DÉCADA DE 1990, 90, 1980, 80 ...
Certas expressões e palavras, apesar de condenadas ao lixo da incorreção, assemelham-se a borra de café, que nada serve. Que nada?! Serve, sim, se a criatividade cair no domínio público. É o caso da expressão DÉCADA DE 1990, 60, 70. Observando-se, atentamente, década é um conjunto de dez anos, não de um ano só. Todavia caiu bem para expressar, não só dez anos, mas um só ano da década. E pegou. É pura borra de expressão consagrada pela opinião pública. Não há como corrigi-la, se pode servir de solução aos vexames da comunicação.

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