Prisão de Maluf é um capítulo da disputa entre o país novo e o país velho


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Merval Pereira  O Globo
A condenação do deputado Paulo Maluf (PP-SP), decretada pelo ministro Edson Fachin, mostra bem a divisão que existe hoje dentro do Supremo Tribunal Federal. Com 86 anos, todos os crimes estavam prescritos, mas o relator do STF interpretou que lavagem de dinheiro é um crime que não prescreve. O ministro Luis Roberto Barroso também, ao mandar para a primeira instância o processo de um deputado, fez uma interpretação alargada de uma decisão não terminada – apesar de a votação estar 7 a 0 a favor da mudança no foro privilegiado, o ministro Dias Tofolli pediu vista e ainda não liberou o resultado.
O STF hoje tem uma turma querendo avançar, mudar a cultura brasileira que protege os parlamentares e favorece a impunidade, e outra querendo manter a regra do jogo, alegando que a lei tem que ser cumprida. Estamos numa disputa do país novo que quer acabar com a impunidade, com o pais velho que quer manter suas regalias.


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