É impressionante o lobby conduzido pelo PT para convencer a opinião pública de que Lula conseguirá registrar sua candidatura na Justiça Eleitoral e vai disputar a eleição, mesmo se já tiver sido condenado pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (4ª Região). Essa possibilidade é o prato principal do parecer à la carte assinado pelo professor Luiz Fernando Casagrande Pereira, do Paraná, a pedido do senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
ESTRANHA TESE – O parecer por encomenda defende a estranha tese de que Lula poderá disputar as eleições mesmo que o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal não lhe concedam liminar para suspender a inelegibilidade que viria com a sentença do TRF-4.
Diz o ilustre professor que, mesmo nessa situação-limite, o PT poderá registrar a candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral em agosto e só então ela seria objeto de impugnação. E se todos os prazos para o julgamento forem cumpridos no TSE, o eventual afastamento só ocorreria em 12 de setembro. Neste intervalo de um mês, Lula já estaria em plena campanha.
Em cima dessa tese esdrúxula e fantasiosa, o PT está fazendo um carnaval, plantando reportagens e artigos repetitivos, batendo sempre na mesma tecla.
TRADUÇÃO SIMULTÂNEA – Sonhar ainda não é proibido, mas desta vez o PT está delirando. A candidatura de Lula ficará juridicamente impedida assim que ele tiver a condenação confirmada pelo TRF-4. Em tradução simultânea, não haverá o registro da candidatura dele, será negado pelo TSE, automaticamente, em cumprimento à Lei da Ficha Limpa.
A única possibilidade de recurso seria a condenação de Lula por 2 votos a 1 no TRF-4. Se isso ocorrer, Lula pode requerer embargos infringentes, pedindo um novo julgamento, com mais dois desembargadores em plenário.
Tudo isso é meio delirante, porque teria de ocorrer após agosto. Mas acontece que o julgamento de Lula vai transcorrer muito antes disso, acredita-se que a decisão ocorra em abril ou maio. E o retrospecto do tribunal é de condenação por unanimidade, como acaba de ocorrer com o petista João Vaccari, que teve a pena aumentada para de 10 para 24 -anos.
CAIR NA REALIDADE – Não adianta ficar sonhando nem inventar pareceres. É preciso cair na realidade. Nesse páreo, Lula é um cavalo paraguaio que nem vai participar da largada. Os desembargadores que integram a 8ª Turma do TRF-4 não são de brincadeira. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral estará sendo presidido pelo ministro Luiz Fux, que já declarou que Lula não poderá ser candidato, em obediência ao princípio constitucional da Moralidade.
Portanto, é preciso que as pesquisas passem a ser feitas também sem o nome de Lula, para que se tenha uma noção mais próxima da realidade. Assim, além da resposta espontânea à pergunta “Em quem você vai votar para presidente da República”, é preciso oferecer ao entrevistado a opção da lista de candidatos excluindo Lula e incluindo a nova concorrente, Manuela D’Avila, do PCdoB. Aí, sim, teremos uma pesquisa mais próxima da realidade.
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P.S. – Lula usa a campanha política como forma de pressionar o Judiciário para ser inocentado dos muitos crimes que cometeu. Mas é ilusão à toa, como diria o compositor Johnny Alf.
P.S. 2 – Sem a candidatura de Lula, é claro que Bolsonaro vai direto para o segundo turno, com cerca de 20% dos votos. E a grande dúvida é saber quem irá disputar com ele. Façam suas apostas. (C.N.)
P.S. – Lula usa a campanha política como forma de pressionar o Judiciário para ser inocentado dos muitos crimes que cometeu. Mas é ilusão à toa, como diria o compositor Johnny Alf.
P.S. 2 – Sem a candidatura de Lula, é claro que Bolsonaro vai direto para o segundo turno, com cerca de 20% dos votos. E a grande dúvida é saber quem irá disputar com ele. Façam suas apostas. (C.N.)
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