Abert informa:

Representantes dos principais meios de comunicação da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, México, Uruguai e Venezuela aprovaram, nesta terça-feira (31), a Carta de Buenos Aires, um compromisso pela defesa e promoção dos direitos das mulheres na América Latina.
O encontro na capital argentina marcou a parceria entre a ONU Mulheres, a ABERT e a Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) na divulgação e apoio às medidas que promovam um Planeta igualitário em 2030, com o equilíbrio entre homens e mulheres na tomada de decisões nos meios de comunicação.
“Empoderar mulheres e promover a equidade de gênero em todas as atividades sociais e da economia são garantias para o efetivo fortalecimento das economias, o impulsionamento dos negócios, a melhoria da qualidade de vida de mulheres, homens e crianças, e para o desenvolvimento sustentável”, afirmou Luiza Carvalho, diretora Regional da ONU Mulheres para as Américas e Caribe.
O presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo, disse em discurso que “a agenda 2030 está aí como um importante instrumento de empoderamento das mulheres e de igualdade de gênero e também os meios de comunicação podem e devem incentivar que as empresas inibam a desqualificação de um profissional pelo fato de ser mulher. Já passou da hora de eliminar as desigualdades de gênero. Temos que buscar um Planeta 50-50 em 2030”, completou.
Já José Luis Saca, presidente da AIR, fez um convite a outras organizações e associações a aderir ao compromisso estabelecido na Carta de Buenos Aires. “É um trabalho permanente para todos fazermos. Reconhecemos que o direito a uma informação sem estereótipos é fundamental para a realização dos direitos humanos das mulheres, em um marco de plena vigência do direito fundamental à liberdade de expressão, como está estabelecido no art. 19 da Declaração de Direitos Humanos”, disse ele.
O diretor de Responsabilidade Social do Grupo Globo, Raphael Vandystadt, representante do Brasil na reunião, apresentou as ações desenvolvidas em apoio aos direitos da mulher. De acordo com Raphael, campanhas como por exemplo “Tudo começa pelo respeito”, que está no ar, aumentaram em até 45% o número de denúncias de agressões contra as mulheres. No caso das telenovelas, mais de 600 cenas foram feitas abordando direitos humanos. “São uma ferramenta civilizatória, que influenciam mudanças positivas de comportamento”, afirmou.
A data da próxima reunião do Congresso de Meios de Comunicação e Igualdade de Gênero, quando será apresentada a Carta de Buenos Aires, será definida na 46ª Assembleia da AIR, que começa nesta quarta-feira (1º) e vai até sábado (4).

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