Quando de sua primeira visita a Teresina, em novembro de 1946, o
comerciante parnaibano Alcenor Neves Madeira trazia duas missões
importantes: conseguir apoio de figuras representativas na sociedade
local ao seu projeto de montar uma emissora de rádio e escolher prédio,
com a melhor visibilidade possível, para nele instalar a sede da
empresa. O apoio à sua iniciativa, com a participação de
políticos e comerciantes, ficou evidenciado no final da tarde do dia 20
de novembro de 1946, na sede do refinado Clube dos Diários, só cedido a
reuniões de elevada importância. Daquele encontro, entre outros,
participaram os comerciantes Agripino Maranhão, Antonio Roldão Castelo
Branco, Celso Augusto de Moura Nunes, Feslimino Weser (professor),
Francisco Pires Gaioso e Almendra (médico), José Camilo da Silveira
(industrial), Pedro de Almendra Freitas (político) e Valter Alencar
(jurista). Vencida essa etapa, Alcenor Madeira passou a procurar
prédio adequado para nele instalar os estúdios, auditório, discoteca e o
setor administrativo da emissora. Em amplo terreno do bairro
Pirajá, zona norte da cidade, iniciou, ainda em 1946, a construção da
casa que abrigaria os transmissores de rádio, mas, só em 1947, conseguiu
encontrar o prédio ideal para dar maior visibilidade ao seu projeto. Um prédio, no cruzamento da rua Areolino de Abreu, com a
travessa Barroso, a cem metros da Praça Rio Branco, fora mandado
construir pela senhora Rosa Sampaio Mello, viúva do comerciante e
agropecuarista Deusdedite Leite Mello, falecido com apenas 40 anos,
vítima de acidente de trânsito, em 4 de junho de 1947, no bairro da
Piçarra. Foi ali, a partir de 1947, que Alcenor Neves Madeira
instalou os estúdios, auditório, discoteca e a administração da Rádio
Difusora de Teresina, só inaugurada em 18 de julho de 1948.
Cabeça de Cuia
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Fonte: Deoclécio Dantas
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